terça-feira, 24 de novembro de 2015
Fragmentos,,,,,,,,,,,,, Sentia-se incompleto. Invertebrado. Faltavam-lhe braços, pernas, bocas. Palavras. Ele buscava ser inteiro. Vez ou outra encontrava partes de si, em outras. Rapidamente recolhia e agregava. Por tempos, aqueles pedaços supriam, completavam. De fato, estes pedaços nunca seriam a medida de sua necessidade. Ele sabia. Sempre soube. Ele não poderia se sentir inteiro, tendo uma metade por perto. Ou menos que isso as vezes. O que ele conseguia era sempre um paliativo. Uma solução rápida. E começou a procurar a sua metade. Mas entendia que metade nem sempre é a medida igual de um e outro. Muitas vezes metade é figurativa. Hoje, ele precisa de muito mais do que tem. Hoje, ele busca maioridade. Busca mais. Deixa menos. Entrega pouco. Metade inteira. Invalida, quando não se-la. Metades. Fragmentos. Formas. Junte, monte. Se quiser. Se não, deixe-me novamente na estante. Estante dos livros, dos sonhos, dos amores.
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